A insônia é um transtorno de sono bem comum na atualidade e está ligado com dificuldade em adormecer ou inconstâncias na hora do sono, o que atrapalha muito o relógio biológico, uma vez que existe um tempo necessário para garantir o seu descanso.
De acordo com a ABS, Associação Brasileira do Sono, cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem essa enfermidade.
A Unidade de Medicina do Sono do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, afirma que cerca de 30% a 40% dos indivíduos sofrerão insônia em alguma fase da vida.
Isso pode estar associado à, principalmente, alguns fatores, como:
Nesse sentido, a privação de sono e o cansaço excessivo ocasiona problemas de humor, concentração, dores de cabeça constantes que, a longo ou médio prazo, consegue dificultar a execução das suas atividades cotidianas.
É comum que muitas pessoas que sofrem com insônia vivam sem diagnóstico, uma vez que consideram ser um transtorno irrelevante, mas não é, suas consequências podem ser desastrosas para a vida do indivíduo.
É preciso estar atento, primeiramente, a quantidade de sono que é indicada de acordo com a idade do indivíduo, observe os dados abaixo.
- Idosos (mais de 65 anos): 7 a 8 horas
- Adultos (26-64 anos): 7 a 9 horas
- Adolescentes (14-17 anos): 8 a 10 horas
Ademais, sabe-se que crianças e recém-nascidos necessitam de uma maior quantidade de horas de sono ainda.
Se esse padrão não estiver sendo atendido é provável que você esteja com uma grande irritabilidade, cansaço constante e dificuldade de concentração.
Além disso, no caso da insônia, outros sintomas podem servir como sinal para você procurar ajuda, como, por exemplo:
A qualidade do sono é uma característica tão importante para a saúde do indivíduo quanto uma dieta saudável e exercícios físicos regulares.
Por esse motivo, seja qual for a razão pela qual você está sendo privado de uma boa noite de sono, é bem possível que a sua saúde física e mental seja comprometida a médio ou longo prazo.
Isso significa que pessoas que sofrem de insônia apresentam baixa qualidade de vida em comparação às pessoas que dormem bem.
Nesse sentido, por ser um problema razoavelmente silencioso e facilmente confundido com estresse, é mais comum que apenas pessoas com problemas crônicos procurem ajuda médica, ou seja, quem já está sofrendo com a doença por muitos anos.
No entanto, o recomendado é que os pacientes procurem a assistência de um profissional quando observarem o início de um processo de insônia.
Caso os sintomas se repitam por pelo menos três vezes na semana em um período de, cerca de, dois meses ou mais, isso pode ser um indicativo de que você precisa de um tratamento.
O diagnóstico da insônia pode ser feito pelo clínico geral, neurologista, psiquiatra ou por um especialista do sono.
A primeira coisa a ser feita é retirar o depoimento do paciente. Para o diagnóstico adequado sobre o tipo de transtorno do sono, é preciso que tudo seja exposto, todos os sintomas e informações bem detalhadas.
Sendo assim, para otimizar seu tempo, é aconselhado que se faça uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram.
Além disso, providenciar um histórico médico com as suas condições, medicamentos ou suplementos de uso regular também são muito úteis.
Depois o médico solicitará uma série de exames e o principal é a polissonografia, que funciona para avaliar os estágios do sono através de sensores que são posicionados na superfície do corpo.
Assim, será possível analisar os batimentos cardíacos, oxigenação, pausas respiratórias, ondas cerebrais, movimentos dos olhos e os movimentos do corpo enquanto você dorme.
Esse exame, normalmente, é realizado durante uma noite em um centro especializado.
Outro aspecto verificado diz respeito ao seu padrão de sono e sonolência diurna, por isso é bom que você mantenha um diário de sono por um determinado período para poder apresentá-lo.
É possível que o médico também peça um exame de sangue para descartar a existência de problemas de tireoide, por exemplo, ou até de outras doenças que podem estar por trás da sua insônia.
O melhor tratamento (e prevenção) para diversos distúrbios mentais e até para enfermidades físicas é adoção de uma vida mais saudável.
Isso está relacionado com melhores hábitos, como prática constante de atividades físicas, boa alimentação e uma boa noite de sono. Só essas atitudes já melhoram muito na qualidade de vida do indivíduo.
No entanto, para casos mais graves e persistentes de insônia, pode ser necessário a utilização de medicamentos para que o padrão de sono seja restabelecido no paciente e, assim, ele viva melhor.
Os remédios, normalmente, tendem a auxiliar no relaxamento e na readequação do sono das pessoas afetadas.
Desse modo, os medicamentos mais usados para o tratamento de insônia são o trazodona, Zolpidem e antidepressivos sedativos.
Lembre-se que apenas um profissional da saúde pode recomendar um tratamento adequado para o seu distúrbio de sono e a sua escolha será baseada no seu caso específico. Assim como a dosagem certa e a duração do tratamento também.
Por isso, não se automedique ou interrompa o tratamento sozinho, porque isso vai afetar o resultado.
Caso você esteja com sintomas de insônia, provavelmente, eles estão sendo os responsáveis por prejudicar suas atividades diárias e seu desempenho.
Além disso, é possível que seu transtorno de sono também esteja interferindo nas suas relações pessoais, o que pode levar ao desenvolvimento de outras doenças psicológicas graves, como a depressão.
Logo, é extremamente necessário que você procure um médico especialista para poder encontrar a causa do problema e seguir com o tratamento adequado.