A ansiedade é um estado emocional normal do ser humano e aparece, geralmente, quando o indivíduo é submetido a situações de estresse.
No entanto, a ansiedade em excesso pode se tornar uma doença, como é o caso do transtorno de ansiedade generalizada (TAG), e isso faz com você tenha respostas exageradas diante de circunstâncias comuns do dia-a-dia.
Pessoas com sintomas de transtorno de ansiedade generalizada tendem a esperar um desastre e estão sempre extremamente preocupadas com tudo ao seu redor.
Nesse cenário, o sistema nervoso autônomo é o responsável por gerar uma resposta-reflexo no corpo e isso significa que ela é independente do pensamento racional. Enquanto a porção simpática do cérebro prepara o corpo para lidar com situações de estresse ou de emergência.
Sendo assim, pode-se dizer que a ansiedade é bem similar a sensação de estar constantemente preocupado, ou seja, sempre com medo extremo de tudo. Às vezes, pode estar relacionada a pensamentos no futuro ou a problemas atuais.
A verdade é que a mente de gente ansiosa não desliga nunca, é por isso que as pessoas com essa condição aparentam estar sempre cansadas.
Além disso, o tempo prolongado de ansiedade, que é conhecido como ansiedade crônica, aumenta significativamente o nível de tensão e o estresse interno e isso faz com que surja episódios medo e pânico desproporcionais as situações.
O Transtorno de Ansiedade além de influenciar a forma como os pacientes pensam e as relações sociais que mantém, também ocasionam problemas físicos.
Normalmente, ocorre quando uma pessoa, durante vários meses seguidos, acha difícil controlar os medos e a partir desse quadro vários problemas se desenvolvem.
Os sintomas psicológicos mais comuns estão relacionados a episódios de estresse e preocupação constantes, sensação de fadiga, problemas de concentração e irritabilidade.
Já os problemas físicos mais persistentes são:
Sabe-se que o suor em quantidade normais e em situações de calor ou atividade física é essencial para a manutenção da temperatura corporal, logo é fisiologicamente esperado e saudável.
No entanto, a hiperidrose, ou produção de suor em excesso, pode ser o indicativo de que algo não vai bem no seu organismo e uma das explicações possíveis é, justamente, a ansiedade.
Muitas vezes esse tremor é uma resposta emocional às situações da vida, provavelmente, associadas a transtorno de ansiedade. Por isso, é importante ficar atento e investigar caso esse sintoma apareça.
É comum que em situações de estresse, medo ou com muitas preocupações acumuladas, alguns pontos do seu corpo comecem a ficar mais rígidos.
A tensão é internalizada e isso afeta grandes grupos musculares, principalmente, os ombros ficam enrijecidos e, em casos mais extremos, ainda pode gerar dores na cabeça, na nuca e enxaqueca intensas.
Para muitas pessoas com crise de ansiedade a sensação mais persistente é a dificuldade de respirar normalmente, é como se houvesse uma grande pressão sob peito as impedindo de inspirar e expirar.
A persistência e intensidade dos sintomas mais comuns devem ser o indicativo para buscar assistência médica.
Depois de muito tempo com ansiedade, ou seja, com a cronicidade da doença, é possível que alguns órgãos do seu corpo sejam mais seriamente afetados. Observe abaixo.
A principal reação cerebral as quantidades excessivas de ansiedade podem influenciar na memória de longo prazo e curto prazo do indivíduo, além da produção química, resultando em um desequilíbrio.
Além disso, as situações de estresse crônico tendem a ativar continuamente o sistema nervoso que pode desencadear reações físicas, como o desgaste mental e fadiga, por exemplo.
Um estudo indexado no pubmed e intitulado de “The relationship of asthma and anxiety disorders” comprova a existência de uma relação entre pessoas com transtorno de ansiedade e asma.
Nesse estudo, os asmáticos apresentam maior probabilidade de sofrer ataques de pânico.
Pessoas ansiosas possuem maior risco de ter problemas cardiovasculares, graças a alta frequência cardíaca, pressão sanguínea elevada e, também, a exposição constante ao cortisol.
É por esse motivo que estresse a longo prazo pode acarretar hipertensão, arritmias e um risco aumentado de ataque cardíaco, além de acidente vascular cerebral.
A digestão dos alimentos não é feita de maneira satisfatória quando o seu corpo está sob situação de estresse diário.
O transtorno de ansiedade consegue modificar o metabolismo corporal, aumentando o peso (o que pode levar à obesidade) e diminuindo a sensibilidade a insulina.
Nesse cenário, muitos nutrientes deixam de ser absorvidos, que pode levar a refluxo, inchaço, diarreia e, futuramente, um descontrole intestinal.
Além disso, a longo prazo, o transtorno de ansiedade também pode afetar o sistema imunológico como demostrado pela huff post brasil (“This is our body on stress”).
O diagnóstico da ansiedade pode ser feito por um psiquiatra ou psicólogo e será feito baseado em relatos do próprio paciente sobre a intensidade, prevalência e duração dos sintomas, sendo eles físicos ou psicológicos.
Dependendo do grau de disfunção o tipo de transtorno de ansiedade será identificado. Ele pode ser:
- Transtorno de ansiedade generalizado (TAG)
- Fobia
- Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
- Síndrome do pânico
Dessa forma, o tratamento será específico para a classificação da sua ansiedade.
O tratamento para o transtorno de ansiedade ocorre a partir de uma combinação de psicoterapia com medicamentos.
Os remédios podem ser sedativos-hipnóticos, mais conhecidos como “tranquilizantes menores”, que agem cessando sentimentos intensos de ansiedade aguda e, também, apresentam efeito nos sintomas físicos.
Os benzodiazepínicos típicos são Xanax, Librium, Valium e Ativan.
Alguns antidepressivos também são usados, principalmente, Paxil, Effexor, Prozac, Lexapro, Zoloft e Cymbalta.
De modo geral, o tempo de tratamento varia de 6 à 12 meses, considerando a gravidade do quadro e a conduta que o médico achar mais adequada.
Não se esqueça que os sintomas do transtorno de ansiedade podem interferir e muito na vida pessoal e profissional, também.
Sendo assim, procure ajuda profissional para não sofrer com a sua condição.