Depressão Sazonal: como o clima pode impactar o humor?

20 de outubro de 2020

Algumas pessoas sentem-se menos animadas e dispostas com a chegada de estações mais frias, como outono ou inverno. O que quase ninguém sabe é que, na verdade, essas características podem ser sintomas de um tipo de depressão: a depressão sazonal.

Próximo de estações com menos luz, existem pessoas que podem se queixar sobre uma perda de energia, mudança de humor, maior irritabilidade e até ansiedade generalizada.

Nesse sentido, o Transtorno Afetivo Sazonal (TAS) ou como popularmente conhecido, depressão sazonal, é diagnosticado como uma condição com desenvolvimento de sintomas depressivos diretamente relacionados às mudanças climáticas.

Apesar de existir no Brasil, principalmente, em dias nublados no verão e estações menos ensolaradas, é mais comum em países nórdicos, como Finlândia, Noruega e Suécia, uma vez que os dias são mais curtos e há menos horas de luz no inverno.

Sendo assim, essa doença pode ter ligação com a produção de um importante hormônio para o sono, a melatonina, que pela redução do tempo de sol e, consequentemente, predominância de noites mais longas, acaba por alterar o relógio biológico.

Além disso, a baixa de outros hormônios também podem estar associados com as causas da depressão sazonal, como o neurotransmissor monoamina (serotonina) que é relacionado a felicidade e o bem-estar.

Assim, o Transtorno Afetivo Sazonal pode ser considerado como um tipo de depressão que apresenta um tempo determinado para iniciar e finalizar todos os anos, mas isso não significa que seja menos sério.

Caso você se interesse por esse assunto, leia o texto para entender como o humor pode ser alterado nas épocas do ano pela depressão sazonal. 

O que é depressão sazonal?

Uma árvore sem folhas contra um céu azul escuro nublado

De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM), a depressão sazonal ou transtorno afetivo sazonal (TAD) é mais conhecido por ser uma “depressão de inverno”. 

Mesmo que, como já mencionado, essa condição possa ser suscetível a algumas pessoas em outras estações, é menos comum que isso aconteça.

Sabe-se que quanto mais ao norte se vive, no caso da Europa, mais afastado da linha do equador, maior a latitude e, em termos gerais, maior o risco de desenvolvimento dessa patologia. 

Isso acontece porque, nessas localidades, há a predominância de climas mais frios, invernos mais rigorosos com menos disponibilidade de luz solar.

É um pouco difícil para os brasileiros conseguirem compreender esse problema, porque não é característico de um país tropical apresentar estações tão bem delimitadas assim.

Por mais que aqui, no inverno, em alguns lugares mais ao sul do país, a estação seja mais intensa do que nos outros estados, ainda assim não se compara aos países nórdicos que podem alcançar 0º grau no verão e, no máximo, três horas de luz solar.

Nesse panorama, com a chegada do outono e, posteriormente, do inverno é típico que os índices de luminosidade se reduzam consideravelmente e que haja um aumento dos períodos de isolamento. 

Estas alterações climáticas resultam em uma maior segregação de melatonina, hormônio responsável por regular o sono e que é produzido em baixa ou nenhuma luminosidade.

É por essa mesma razão que algumas pessoas que têm o costume de trocar o dia pela noite se sentem tão cansadas mesmo quando dormem o dia todo, pois ocorreu uma desregulação do ciclo circadiano.

Sendo assim, a produção melatonina é inibida pela exposição à luz artificial durante as atividades noturnas e, também, à luz natural no dia.

O objetivo do relógio biológico é regular todos os ritmos do organismo, como a produção das glândulas, atividade mental e psíquica, metabolismo, apetite e disposição. 

Nesse panorama, quando algum ritmo desse é alterado por circunstâncias externas, todo o organismo fica desequilibrado. 

E isso resulta em uma maior ocorrência de letargia, maior sentimento de tristeza, irritabilidade, constante vontade e necessidade de dormir, fadiga excessiva e aumento do apetite.

Desse modo, se não ocorrer uma intervenção na depressão sazonal, os sintomas poderão continuar até a primavera, período com maior incidência luminosa.

Existe, ainda, outra forma de transtorno afetivo sazonal na qual os pacientes se deprimem periodicamente no verão e que apresentam sintomas opostos a depressão de inverno.

Como, por exemplo, os indivíduos dormem menos e podem perder peso quando estão deprimidos no verão. 

Além disso, a evidência de que o calor induz à depressão de verão, é essencial nesta atual época e deve servir como aviso para as pessoas, principalmente, em um contexto de aquecimento global e em habitantes de países tropicais. 

Vale lembrar, que mesmo que essa enfermidade apresente data de término não é aconselhável “esperar passar”.

Todo subtipo de depressão é sério e possui consequências para as pessoas que a desenvolvem.

Logo, é de extrema importância procurar uma ajuda especializada para identificar possíveis problemas e encontrar o diagnóstico correto.

Assim, as pessoas com esse tipo de condição poderão passar por esses períodos mais cinzentos do ano de forma mais tranquila e segura. 

Como a depressão sazonal pode estar relacionada a luminosidade?

mulher com rosto abatido em frente a um quarto escuro com só uma lâmpada acesa

Um estudo denominado “Superposição entre depressão atípica, doença afetiva sazonal e síndrome da fadiga crônica” desenvolveu uma possível relação entre a depressão sazonal e o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal.

É de conhecimento geral que os hormônios apresentam um papel crítico no desenvolvimento e expressão de muitos comportamentos. 

Um exemplo claro disso, diz respeito a contribuição hormonal na fisiopatologia dos transtornos psiquiátricos e, também, no mecanismo de ação das drogas utilizadas nos tratamentos, principalmente em quadros relacionados a depressão. 

Nesse sentido, o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) desempenha um papel fundamental na resposta aos estímulos externos e internos, e anormalidades na sua função pode significar problemas para o organismo.

O transtorno afetivo sazonal, TAS, pode ser descrito como "uma crise de energia", sendo caracterizado por episódios afetivos recorrentes em relação a um determinado período do ano.

Além disso, evidências apontam que esse transtorno tende a ser comum entre familiares.

A maioria dos pacientes com depressão sazonal podem experimentar sintomas da depressão atípica, que incluem: necessidade maior de sono, aumento da vontade por carboidratos (até uma fissura, em alguns casos), aumento de apetite e peso, e fadiga extrema. 

Como na depressão atípica há, predominantemente, a perda de energia, cansaço, aumento do sono e humor apático, as duas podem ser facilmente confundidas. 

No entanto, apenas 10% dos pacientes com depressão atípica têm um padrão sazonal.

Por conseguinte, as maiores incidências de TAS são relatadas as latitudes que apresentam significativas reduções nas horas de luminosidade solar, característicos nos períodos de outono e inverno. 

Um exemplo dessa evidência é que em latitudes de 45-50º ou mais altas, a incidência de TAS são acima de 10%, enquanto em latitudes menores que 30º, esse valor diminui consideravelmente e passa a ser, cerca de, 1%.

Outro dado importante é relacionado a sexo e idade, 60% a 90% dos pacientes com depressão sazonal são mulheres e, normalmente, bem jovens, começando quando alcançam os 20 ou 30 anos. 

Nessa perspectiva, sintomas como hipersonia (sonolência excessiva) e hiperfagia (aumento anormal do apetite ou ingestão excessiva de alimentos) são regulados pela serotonina liberada pelo hipotálamo e comuns na depressão sazonal.

Isso significa que os pacientes com transtorno afetivo sazonal são anormalmente classificados como vulneráveis à diminuição de serotonina, evento esse que ocorre principalmente durante o inverno.

Desse modo, a fisiopatologia, ou seja, o estudo das funções anormais ou patológicas dos vários órgãos e aparelhos do organismo, da depressão sazonal ainda não são totalmente compreendidas.

Mesmo com a existência da hipótese que relaciona a condição ao período de luz solar, alterações no ciclo circadiano e à secreção de melatonina. 

A seguir será demonstrado o mecanismo de regulação hormonal de forma mais específica. 

Processo de regulação 

A glândula pineal responde à escuridão e secreta a melatonina, responsável por reconfigurar o ciclo de sono/vigília e outros ritmos diários. 

Assim, o marca-passo circadiano consegue regular as alterações sazonais no comportamento por meio da transmissão de um sinal que, basicamente, informa sobre a duração do dia às outras partes do organismo.  

O ideal é que o sinal seja expresso desigualmente no período da secreção noturna de melatonina no inverno, pois o tempo de “escuridão” é maior que no verão. 

Essa expressão é programada por processos que ocorrem nas células do núcleo supraquiasmático (NSC) do hipotálamo.

O NSC, então, faz ajustes no período de secreção da melatonina, de forma que se torne mais longo no inverno e mais curto no verão. 

A associação existente entre os índices de depressão e o período circadiano é baseada na forma como o ciclo pode ser reconfigurado por meio da administração de suplementos de melatonina no período correto do dia.

Desse modo, justamente por esse motivo, sugere-se que os efeitos sazonais no humor e no comportamento se relacionam às alterações nas funções serotonérgicas e no eixo hipotálamo-pituitária-adrenal.

Quais são os sintomas da depressão sazonal?

Mulher com a mão em frente ao rosto contra um fundo cinza embaçado

Dias com menos disposição de luz e mais frios são bem melancólicos, tristes e parece que a preguiça não quer te deixar levantar da cama.

Até certo ponto essa situação é considerada bastante normal.

O problema é quando essa melancolia está acompanhada por outros sintomas e de repente, o que era apenas um dia mais preguiçoso e triste se transforma em semanas nesse mesmo estado e evolui para meses. O seu humor fica “fechado” igual o clima.

Isso pode ser um indicativo de depressão sazonal.

Como você pode descobrir se isso tudo que você está sentindo é uma tristeza normal ou depressão? 

A tristeza é uma emoção caracterizada por falta de ânimo para a realização das tarefas diversas que antes eram prazerosas, perda de alegria e sentimento de insatisfação pessoal ou relacionada a outra pessoa, por exemplo.

Tudo o que foi mencionado parece igual as características da depressão e até é, no entanto, para saber diferenciar é preciso considerar a duração e intensidade.

Quando uma pessoa desenvolve algum tipo de depressão, ela está sempre muito triste, sem nem entender o porquê, e é impossível medir o tamanho desse sentimento de tão profundo que é.

O que é bem diferente da tristeza que é chamada de “transitória”, ou seja, que normalmente é causada por alguma situação difícil e logo cessa.

Em caso de dúvidas é melhor procurar um médico capacitado para ajudar nessa definição e encontrar um tratamento adequado.

Assim como acontece nos outros subtipos da depressão, uma das características mais comuns é alteração de humor e uma perda de prazer ou interesse por coisas cotidianas.

Pensando nisso, logo abaixo estará disposto uma lista com alguns dos principais sintomas do transtorno afetivo sazonal, observe.

  • Tristeza
  • Ansiedade
  • Humor deprimido
  • Fadiga
  • Aumento do apetite
  • Ganho de peso
  • Apatia
  • Irritabilidade
  • Cansaço extremo e injustificado
  • Aumento do sono. Extrema necessidade de dormir em todas as horas do dia ou dormir demais e mesmo assim ter dificuldade de acordar
  • Sentimento de culpa
  • Compulsão por carboidratos, especialmente doces e amido
  • Pensamentos suicidas
  • Redução da produtividade no trabalho
  • Suicídio social: vontade extrema de ficar sozinha, afastamento de amigos e familiares, evita todo e qualquer contato social
  • Dificuldade de se relacionar com outra pessoa
  • Perda de energia
  • Problema em se manter concentrado
  • Mau humor
  • Insatisfação sexual, relacionado a impotência ou a diminuição da libido

Além disso, como já mencionado, existe a depressão de verão que, por sua vez, apresenta alguns sintomas similares a depressão sazonal e alguns que são opostos como, por exemplo, a falta de apetite, o emagrecimento e a insônia.

Qual é o tratamento para a depressão sazonal?

uma mão segurando alguns comprimidos e outra um copo de agua.

O tratamento do transtorno afetivo sazonal costuma acontecer pela combinação entre psicoterapia e medicamentos.

Os medicamentos evoluíram bastante nesses últimos anos, hoje já é possível que eles combatam, ao mesmo tempo, os sintomas emocionais e físicos.

O que é ótimo para não deixar no paciente o sentimento de “anormalidade”, que poderia ser causado pela quantidade significativa de drogas, e também diminuir esse consumo excessivo de diversas substâncias. 

Um grande exemplo desse tipo de medicamente é o caso da duloxetina, uma moderna opção medicamentosa que apresenta essa dupla ação.

Além disso, age aumentando e balanceando os níveis de serotonina e noradrenalina no cérebro, hormônios responsáveis pela regulação da dor, do sono e do humor, e outros neurotransmissores com influência no aparecimento dos sintomas.

Cabe ressaltar, que o exemplo da duloxetina explicitado anteriormente foi apenas para demonstrar o esse comportamento dúbio do medicamento e não para aconselhar o melhor remédio.

Como você deve saber, na hora do diagnóstico, todo paciente é analisado meticulosamente e o psiquiatra responsável prescreverá a droga mais eficiente para cada situação.

Já no caso da terapia, uma das técnicas mais utilizadas são os usos de tipos de lâmpadas especiais, chamada de fototerapia, que emitem luzes que imitam o sol.

Uma lâmpada solar, também chamada de lâmpada SAD ou caixa de terapia de luz é muito eficiente no tratamento da doença, por estimular positivamente a serotonina e a melatonina

Porém, lembre-se que apenas o psicólogo pode recomendar essa terapia, não faça nada sem comunicá-lo.

Como evitar a depressão sazonal?

mulher sentada em frente a uma janela observando uma paisagem nevada.

Não importa em relação a qual doença mental seja, o estilo de vida desenvolvido pelas pessoas sempre será condicionante para estimular uma saúde melhor.

Nesse parâmetro, a mente não pode ser desvinculada do corpo, não adianta apenas exercitar um e esquecer do outro.

Dessa forma, para ter uma boa saúde tanto física quanto emocional é preciso trabalhar para possuir, principalmente, três pilares: horário certo para dormir, controlar o que come e manter-se em movimento.

Nesse sentido, pessoas que possuem hábitos de dormir no mesmo horário e pela mesma quantidade de horas, tendem a ser mais bem-dispostas, criativas e menos estressadas.

Já a prática de consumir frutas, verduras e legumes diariamente, em outras palavras, possuir uma dieta equilibrada e saudável não é apenas benéfica para o corpo, mas para a mente também. Afinal, “você é o que você come”. 

A Universidade de Melbourne, publicou um estudo referente às dietas mediterrânea e japonesa que são, basicamente, compostas por frutos-do-mar, legumes e verduras, e quantidades limitadas de açúcares e carnes. 

O resultado foi que qualidade da alimentação, em ambas as nacionalidades, possibilitou reduzir de até 35% na probabilidade de desenvolver depressão e outros transtornos mentais.

Isso significa, que alimentos ingeridos interferem, de forma positiva ou negativa, no funcionamento do organismo e também na saúde mental.

Por fim, o exercício físico. Todo mundo já ouviu pelo menos uma vez a expressão mente sã em corpo são.

Bem, essa frase ilustra exatamente o fato de que o homem sempre recorreu ao exercício para buscar alcançar um equilíbrio psíquico completo.

Isso acontece porque a prática de uma rotina física possui diversos efeitos benéficos como a capacidade de reduzir a ansiedade, melhorar a autoestima e autoconfiança, melhorar a cognição, diminuir o stress e ativar, inclusive, o sistema imune.

Além disso, o esforço do corpo libera no cérebro as famosas endorfinas, substâncias neuromediadoras que proporcionam uma sensação de bem-estar, paz, prazer e tranquilidade.

Sendo assim, com os três pilares bem inseridos no seu dia-a-dia já é possível observar uma grande melhora na qualidade de vida e, consequentemente, a chance de desenvolver a depressão sazonal diminui.

Existem, ainda, algumas outras práticas que podem diminuir esse risco na sua vida. Observe: 

  • Pelo menos sete horas de sono diariamente
  • Consumo de vegetais escuros, folhas verdes, amêndoas e castanhas
  • Passeios ao ar livre
  • Evitar bebidas alcoólicas e cigarros
  • Aproveitar da luz natural sempre que possível
  • Tomar banho de sol por pelo menos 15 minutos até às dez horas da manhã ou depois das quatro da tarde.
  • Fazer uma caminhada de 20 a 30 minutos pela manhã para aumentar a temperatura corporal e começar o dia mais disposto.

Vale lembrar que nem toda depressão pode ser evitada, uma vez que algumas teorias científicas indicam que elas podem ser causadas pelo mau funcionamento do cérebro. 

No entanto, ainda assim os bons hábitos são indispensáveis para que o seu corpo permaneça funcionando de forma correta. 

Conclusão

Portanto, a depressão sazonal é uma doença séria que está diretamente ligada a diminuição da luminosidade solar que ocorre, normalmente, no outono e no inverno.

Caso você esteja passando por situação semelhante ou se esse artigo foi útil para você de alguma forma, deixe um comentário abaixo.

CRM-DF 20486
Médico psiquiatra que realiza atividade clínica ambulatorial sob o foco de que cada pessoa é única e deve ser avaliada e compreendida como um todo.

10 Comentários

  1. Tenho câncer de tireóide, passei por três cirurgias, metástase no pulmão,morava no sudoeste da Bahia onde o clima é quente e seco, apesar de tudo,eu estava bem, me mudei para o extremo sul, próximo de praia, com clima mais úmido, depois de um tempo comecei a sentir tanto mal estar, que pensei que estava nas últimas, falta de ar como se alguém estivesse em cima do meu perto,o corpo doía tudo,doía as veias,nervos, não tinha ânimo pra nada,era mais de dez sintomas ao mesmo tempo pensei que já ia morrer, voltei para o sudoeste, aliviaram, não sabia que clima podia influenciar tanto a saúde assim

  2. Eu me sinto muito mal quando chove.
    Um dia dois vai.
    Mais que isso ja me entristece e quando mais demora o sil voltar mais mal vou ficando até cair na cama.

  3. A falta de luz solar tamb m pode afetar subst ncias relacionadas ao humor e sono, como a melatonina e a serotonina.Com os dias mais escuros, essas subst ncias tendem a ficar mais desreguladas. A serotonina um neurotransmissor que se relaciona, entre outras coisas, com o nosso humor, sono e apetite. Dessa forma, a altera o em sua produ o pode impactar muito no humor. Al m disso, h o aumento da produ o de melatonina no escuro, um importante indutor do sono. Por isso que nos dias mais nublados e escuros normal ficar um pouco mais sonolento. Altera es que ajudam a explicar como a depress o sazonal acontece , destaca o especialista.

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